Ela tinha estrelas na blusa
no
Dia que me contou a história
Do seu sobrenome de família
Eu a olhava nos olhos, mas
Deslizava a visão por todo o
Corpo de alvíssaras. Sílabas
Salivavam na pele até formar
Uma ilha de recônditos. Tudo
mais era anunciação de
astros,
o florir incontido, lentas
mãos
no labirinto apertado da
sede.
Ela tinha sonhos sobre a
aurora
Falava em geografias e mapas
No oceano que habitava os pés
Vez ou outra se insinuava nos
Pormenores dos caminhos, nas
Múltiplas aparições do branco
Na implosão outonal do
destino
Eu sorria com as pupilas
frágeis
Anoitecido na incerta
navegação
Pelo fascínio da luz nos
flancos
A inundar-me lábios e espumas