sábado, dezembro 13, 2008

poema de desengano II

A tristeza que hoje impera
De este cantar tem sido
Alvoroço de naus em terra
Murmúrio de estar infindo

Neste quadro que regressa
Aurora de lúcidas esperas
Fico eu a vagar impreciso
Avatar de impossíveis eras

sexta-feira, dezembro 12, 2008

poema de desengano

acostumei-me as poucas coisas:
a vida neste vagar,
as frases soltas,
o rumor e o silêncio,
e esta calma solidão
que comigo dorme agarrada.

segunda-feira, dezembro 08, 2008

poema de segunda-feira

Não é sem assombro
que desperto enluarado
invadido por reticências
de parágrafos inteiros
na solidão da página nua