árvore da poesia
Para Toda Literatura
segunda-feira, março 25, 2013
Ensaio sobre a morfologia do rubro e do coral
Você não entendeu meu gesto
Apontava aquela nuvem em sorriso
O mar que despontava nos dedos
Você não via as pétalas da manhã
Eu sei que caminhávamos destroços
Mas é assim o amor:
Esta sina de descrer verdades
domingo, março 24, 2013
divagações em torno de barros
poema é o lugar
onde a incerteza
rompe a caligrafia
sábado, março 23, 2013
fragmento 1962
sou um homem acordado e nu
nenhuma palavra me veste
quinta-feira, março 21, 2013
Fragmento adstringente
Ficou o não dito
Este espanto
Travo definitivo
p.s. “Vem dormir comigo
Não faremos amor, ele nos fará”
Assis Freitas (o fragmento)
Cortázar ( o p.s.)
terça-feira, março 19, 2013
negócio de oportunidade
doo uma plantação de silêncio
para quem quiser cultivar o ócio
domingo, março 17, 2013
fragmentos em múltipla escolha
1 versão
a minha cota de mim eu te doei
agora sou completamente outro
2 versão
minha cota de mim eu já te dei
agora sou estranhamente outro
3 versão
a minha cota de mim já te doei
agora doem em mim os outros
4 versão
minha cota de mim eu já te doei
agora a dor em mim é este outro
sexta-feira, março 15, 2013
poema de atavismo nas retinas
a quase morte:
o silêncio:
o tempo que vaza:
a incompletude:
oráculos nus
recitam em vão
quarta-feira, março 13, 2013
Sonata breve para flor e epifania
A virgem claridade da página
É um acinte à palavra
Resta pois arriscar
terça-feira, março 12, 2013
Sonatina de vento para canto de sereia
para Cris de Souza
De gravetos fiz um mar
Povoado de passarinhos
Esperando as gaivotas
Num canto de bem-te-vi
Verde a se perder de vista
Ver-te é se perder a vista
domingo, março 10, 2013
Oração para os santos verbos do dia
Que minha mão recolha o súbito
Que meu pé caminhe o instante
Que meu olho vislumbre o átimo
Que meu ouvido ecoe o iminente
Que meu corpo arda o inadiável
Que minha alma voe o imperioso
Que meu verso acate o inevitável
sábado, março 09, 2013
o corpo (a)guarda tamanhos abismos
são tantas as mortes
algumas imensas
outras só um dado
- lançado à sorte
sexta-feira, março 08, 2013
o amor
me deu asa
comida e
alma levada
quinta-feira, março 07, 2013
fragmento para os que ardem
sou o meu próprio inferno
e a poesia não me salva
terça-feira, março 05, 2013
fragmento e nonada
por ofício me destino ao inútil
ao esquecimento na palavra
neste repetir-se em nadas
segunda-feira, março 04, 2013
ária solene para resguardo dos ventos
(para Daniela Delias)
guarda-me um silêncio
para antes ou depois
um repouso de nenúfares
- passagens
pousa os olhos, vês:
há miragem na poeira
- emblemas
é tudo vidro e cerração
na cidade anunciada
corre o rio desavisado
a mulher espera flores
artifícios, brincos, amor
guarda-me uns versos
embebidos de lilases
saliva tão fina na retina
heliantos, brilhos fugazes
descansa os olhos, mãos
é tudo tão dentro, dentro
vertigem tão voraz
guarda esta sede tão líquida
sábado, março 02, 2013
porque o silêncio me inunda
há coisas suficientemente breves
impossíveis de enumerar:
como a imensidão de um átimo
ou a pausa no final de um poema
Postagens mais recentes
Postagens mais antigas
Página inicial
Assinar:
Postagens (Atom)