terça-feira, dezembro 24, 2013

um poema para as circunstâncias do vento

quando jovem
eu azulejava asas
envernizava ninhos
mas o tempo
me deu outros cultivos

vendo vidro e laço
desperto ventanias
sou irmão de pedras

as árvores me cortejam
como se eu fosse nuvem
e aprendi ler a sorte
com répteis escamados

arcanjo sem trombeta
teço epifanias
sob este sol profano


8 comentários:

Renascendo disse...

De mestre, poeta Assis!!!
Uma noite de Natal feliz pra você e sua família.
Um beijo.

Teté M. Jorge disse...

Perfeito!

Feliz Natal!

Beijos

ÍndigoHorizonte disse...

Los árboles cortejan con su manto de nubes.

Abrazo grande y soleado

Tania regina Contreiras disse...


Ah, muito bom! Lembrei do Barros, aquele outro mestre!

Beijos, querido.

Joelma B. disse...

e a gente se aproxima mais da gente
quando pensa que partiu...

beijos!

Anônimo disse...

Uma maravilha, dessas que encantam e colorem os dias.

Espetáculo dos grandes!

Beijo

José Carlos Sant Anna disse...

Quando eu adormecia no caminho das águas...
Abraços,

João A. Quadrado disse...


[arde o céu da página

nado voo na asa
que arde no pássaro de fogo;
assim os anjos...]

um imenso abraço, Assis


bL