terça-feira, novembro 12, 2013

mais poemas, poemas

poeminha para misto quente numa estação do inferno

uma coisa é um poema de bukowski
outra coisa é um poema de rimbaud

não confunda
le bateau ivre
com the bluebird

toque o barco companheiro
fruição de poesia é ágil
saiba que verso é naufrágio


Elegia 

1ª. versão

Entre mim e ela
Não havia romance
Tampouco prosa
Tudo era poesia

2ª. versão

Ela nunca me deu
Chance de romance
Nem prosa havia
Era só poesia

poeminha de impossível ternura
p/ Martha

eu repetia anis, malmequer,
um blues qualquer
para te escravizar na palavra
de um poema meu

porque eu fico úmido de ti

chuva fina na retina
era o que vinha
quando tu me ias


circunavegação da ausência III

cansei de tanto gritar
para vires
agora eu me mudo

11 comentários:

Lídia Borges disse...

"Mas, não, chorei demais! Magoam-me as auroras.
Todo sol é dolente e amargo todo luar.
O acre amor me fartou de torpores, demoras.
Oh, que meu casco estale! Oh, que eu me lance ao mar!"



Um beijo

ÍndigoHorizonte disse...

Salvarse, cada día, en un poema nuevo. Salvarse en cada grito, en cada herida, en cada caricia.

Eleonora Marino Duarte disse...

não sei exatamente do que gosto mais na sua poesia, Assis, se o sentimento que a permeia e cativa pela sinceridade ou se da qualidade do ritmo, sempre criando cirandas de palavras que se entrelaçam na nossa língua.
seja por uma coisa ou outra, a sua poesia flui e isso é um encanto!!!


um beijo.

dade amorim disse...

Como Eleonora acertadamente, tua poesia flui espontânea e belíssima!

Muito perfeita, adorável mesmo!

Beijo

Cris de Souza disse...

Mais olhares, olhares

Outro beijo!

Tania regina Contreiras disse...


Ah, eu nem tento dizer do que gosto mais da tua poesia. Acho que gosto da Fonte de onde vem. Emergem embriagadas as palavras, e eu me sinto girando quando leio. Ó:

circunavegação da ausência III

cansei de tanto gritar
para vires
agora eu me mudo

Adorei isso! Bjos

Unknown disse...

orvalho fino a estremecer folhas e raízes: a seiva não é apenas água mas sobretudo boca e lira. e como tudo é tão verdade, por aqui.

abraço!

Adriana Riess Karnal disse...

...o que vinha quando tu me ias...essa saída é um encontro e tanto das palavras.Assis sublima.

Ira Buscacio disse...

Uauuu, que febre! tua luz acende minha cegueira

bjs, poetaço capturador de espantos

José Carlos Sant Anna disse...

E haja orvalho, você é um vegetal que escreve como um animal. É um rio que flui incessantemente.
Grande abraço,

Ana Cecilia Romeu disse...

La poésie est libre!

Beijos, Assis