Deixa-me fazer crescer a noite
Falo neste cego alfabeto de escuras mãos
Enquanto lá fora ruge tempestades
E aqui dentro me inunda tua ausência
múnus
eu te entrego o meu mínimo
o meu breve, meu inexato
a solidão de parcas palavras
eu te entrego o mister
de me tornar diverso
Para que fique claro minha advertência
Quem quiser amor comigo
Saiba que tenho o corpo
Transfigurado de cicatrizes e poemas
E não sei qual dos dois me dói mais
8 comentários:
Posso imitá-lo? De torar essa advertência! Mas o conjunto é antológico. A lírica não pede passagem, ela vem e fica.
Grande abraço,
É inegável teu dom de tatuador.
Um abraço!
Poema de piel resquebrajado. Piel de poema resquebrajada. Resquebrajado dolor de piel y poema. Y, sin embargo... la piel aún respira y el poema aún late pese a las heridas.
Abrazo grande, Assis.
O corpo e a alma indissociáveis do Ser - necessidade e desejo.
Bjs
De torar, como diz vc!
Beijo
Assis, moço-poeta, bravo!
Dentro e fora: oferendas e doações.
A ausência espreitando o exato momento, aquele breve e único instante.
Cicatrizes e poemas: dentro e fora.
E o impressionismo ditando poemas e sensações: "e não sei qual dos dois me dói mais."
Beijos!
cicatrizes e poemas em dor e fulguração - o aroma inconfundível de tudo o que dói. poema perfeito, assis!
abraço!
Impressiona como você se apura a cada poema. Quando se pensa que já veio o melhor, o 'por excelência' nos surpreende na curva.
Cada vez mais exato, atingindo nosso interior no alvo.
Alguns poemas seus nos mudam para todo o sempre.
Tal qual você não sei o que me dói mais se feridas cicatrizadas [?] ou poemas paridos.
Tenha um natal de paz junto aos seus afetos.
Abração de Luz.
Parabéns e sucesso.
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