quarta-feira, novembro 20, 2013

poeminha para o teorema de gauss

você deveria saber
que há sal demais
em minhas mãos

e que esta melancolia
que carrego no olhar
é deserto em solidão

você deveria saber
que o vento perpétuo
corta-me a sombra

e que estas pétalas
que ora desfolho
são silêncio e sangue


Poema para amanhecer todos os líquidos

Eu choveria diante de ti
Como uma nuvem aziaga
Enquanto inscrevo
Teu silêncio nesta página


para a flor branquinha II

sob o teto das estrelas, 
sob esta luz morta
eu te guardo quieto

flor plácida
em mar alvo

sob o teto das estrelas
tenho este silêncio
de amor a meu favor 


12 comentários:

ÍndigoHorizonte disse...

Lloverse, crecerse, nacerse, y morirse. En la lluvia.

dade amorim disse...

De cada vez que venho aqui, mais e mais poemas! E todos perfeitos, Assis!

Beijo

Anônimo disse...

Ainda bem que o poeta conta com o silêncio.
Se ele(o silêncio)gritar...Teris, Teresa, Terubim,Flor, florzinha ou Terubá...irão inspirar o "teorema do caos".

Muito bom ler o poeta.
Lea Virgilio Caldas

José Carlos Sant Anna disse...

Aqui a gente sabe que as palavras não recusam abrigo. Há sempre um belo poema aguardando o nosso olhar.
Abraços,

Anônimo disse...

Uma perfeição, Assis.
Voltarei mais tarde para ler todos e comentar. Beijooooooooo :)

Tania regina Contreiras disse...


Este eu-lírico é de profundezas românticas...Adoro! :-)

Beijos,

Anônimo disse...

Que linda a flor branquinha!!!

Lindos poemas.

Ana Cecilia Romeu disse...

Silêncio e sangue,
silêncio nesta página,
silêncio de amor
silêncio
silên...

Beijos, Assis!


Ira Buscacio disse...

Xuuuu, Silêncio!!! há um poeta amando
bj, poetaço

Unknown disse...

pequenos milagres e aconteceres sob ventos e pétalas de estrelas - o silêncio que a palavra desnovelou.

abraço!

Lídia Borges disse...


Palavras com asas, da matemática ao coração.

Bj.

Cris de Souza disse...

você deveria saber
que há romance
em todo lance

...

beijo, mestre!