A raiz úmida do teu lábio
Floresce meu corpo
E vou sorvendo lento
Este hálito que me corta
Tu me inventas ilhas
Desenha girassóis
Me abre os poros
Portais de ventania
Teus dedos em cardume
Me abocanham de carícia
Fico eterno em naufrágio
Como fotografia de afogado
8 comentários:
Um poema de encantamentos: do início ao fim. Um deleite!
Beijooo!
Um poema que arde, sufoca e abafa...
Abração,
José Carlos tem toda razão - este poema arde, sufoca e abafa.
Beijo
Contradigo o que leio acima: teu poema é Respiração!
Beijos,
raízes e lábios a abocanhar carícias... delícias.
retiro dos meus ouvidos a cera, corto os mastros e as cordas e entrego-me ao cântico de rumo inexorável.
maravilha, assis. abraço!
Não desperdiço uma gota do teu lirismo transbordante...
ainda que nada houvesse de dor,
parir-se-a
tamanha poesia.
daqueles que nào cabem no frasco.
abs,
r.
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