sexta-feira, outubro 04, 2013

Tudo que é leve sedimenta-se no ar

És de mim este amor
A seara do inominável
Desígnios de nuvens
Orvalho de bem querer

Acordas os bemóis
Sopras ventanias
Pele do impoluto
Sede em absoluto

És de mim este amor
Fruto tão líquido
Semente ou sumo
Paradoxo do absurdo


8 comentários:

Unknown disse...

a insustentável leveza... do amor - e como os versos gravitam acima de toda a beleza.

paradoxo da sustentabilidade. abraço, assis!

Cris de Souza disse...

Tudo que é leve se sedimenta-se no ar: do amor ao amar?

Beijo, mestre!

Lídia Borges disse...


"Paradoxo do absurdo"

Não fosse a poesia "a sede em absoluto" do todo [absoluto]

Um beijo

José Carlos Sant Anna disse...

Este "paradoxo do absurdo" seria o devorador do eu se não soubesses conduzir as palavras pela mão...
Abraços,

Fred Caju disse...

Pensei no Marx: Tudo que é sólido se desmancha no ar.

Teté M. Jorge disse...

Amei!!!

Beijos.

Tania regina Contreiras disse...

Paradoxo do absurdo me faz dar um giro completo e, cambaleante, buscar sentidos que não encontro nunca. Ixe, como gosto dessa cabeça de onde sai essa beleza toda!

Beijos, querido.

dade amorim disse...

"Orvalho de bem querer" é de uma lindeza só!

Beijo, Assis.