quinta-feira, outubro 03, 2013

Balada de sereia em espera de pássaro

A raiz úmida do teu lábio
Floresce meu corpo
E vou sorvendo lento
Este hálito que me corta

Tu me inventas ilhas
Desenha girassóis
Me abre os poros
Portais de ventania

Teus dedos em cardume
Me abocanham de carícia
Fico eterno em naufrágio
Como fotografia de afogado


8 comentários:

Anônimo disse...

Um poema de encantamentos: do início ao fim. Um deleite!

Beijooo!

José Carlos Sant Anna disse...

Um poema que arde, sufoca e abafa...
Abração,

dade amorim disse...

José Carlos tem toda razão - este poema arde, sufoca e abafa.

Beijo

Tania regina Contreiras disse...


Contradigo o que leio acima: teu poema é Respiração!

Beijos,

Unknown disse...

raízes e lábios a abocanhar carícias... delícias.

retiro dos meus ouvidos a cera, corto os mastros e as cordas e entrego-me ao cântico de rumo inexorável.

maravilha, assis. abraço!

Cris de Souza disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Cris de Souza disse...

Não desperdiço uma gota do teu lirismo transbordante...

Primeira Pessoa disse...

ainda que nada houvesse de dor,
parir-se-a
tamanha poesia.

daqueles que nào cabem no frasco.

abs,
r.