domingo, agosto 04, 2013

Antipoema para cerzir ventanias

Não quero efusividades
Nem agasalho para minha dor
Só os gatos são pardos
E transitam insones na aurora
Não quero efusividades
São tantas as febres deste parto
Só os gatos são pardos
Não me atire este sorriso de Gioconda
Que desliza entre arrebóis
São meus pés que cultivam tua sede
Mas um dia eu me morro sem mágoa
Convicto da minha inexistência

12 comentários:

ÍndigoHorizonte disse...

Son mis pies que cultivan tu sed: me quedé enganchada en ese verso.

Abrazo y añiles.

na vinha do verso disse...

ahh

é quando a vida venta assim
que as ausências nos arrepiam

abs mestre Assis

Paulo Francisco disse...

Bela inexistência.
Um grande abraço

Joelma B. disse...

havia ingratidão
entre pele e tato
a intenção sequer
tentou se insinuar


beijos!!!!

Tania regina Contreiras disse...

Nossa, poeta, os dois últimos poemas são formidáveis! Nossa, nossa: sem palavras!
Beijos

dade amorim disse...

Irresistível, Assis!

Beijo

Unknown disse...

o reconhecimento da inexistência: a mais nobre forma de existir porque dizer é um sintoma verdadeiro de se ser.

maravilha, assis! abraço!

José Carlos Sant Anna disse...

Que tenho a dizer-lhe deste poema, caro poeta? Curvar-me...
Abração,

Teté M. Jorge disse...

Cerzir ventanias é pra lá de poético!!! Ufffffffffffffff...

Beijos.

Adriana Riess Karnal disse...

sds desse blogs

Lídia Borges disse...


Pode ser que sim!

Mas já garantiu uma existência para além da existência, tão belo poetar, o seu.

Um beijo

Cris de Souza disse...

Se você não existe eu nem nasci.

Poemão, heim!