Ainda não é o amor
Esta saliência nas retinas
Este fervor inaudível
Esta misteriosa invitação
Esta flauta em pólen
Todas as escalas do silêncio
Ainda não é o amor
-Este líquido canto
Este desconcerto pueril
Esta melancolia em vitral
Ainda não é o amor
- Nem mesmo as lâminas
Que brilham na cerração
Como chamas na pele
Ainda não é o amor
- Nem mesmo o avesso
De alguma coincidência
Nem mesmo o beber de ânsias
Este chão que me é mar
Este meu dormir em ti
Ainda não é amor
7 comentários:
Prenúncio lindíssimo! E as escalas do silêncio, o silêncio matizado, que imagem poética espantosa, bela, bela!!!
Beijos, amei o poema...
Dos mistérios da poesia, não há segredos. Poema perfeito!
Abr.,
a gente sabe quando o é...você disse muito bem sobreo não ser, amado.
Não será ainda o amor, mas é já um poema contendo tudo o que o fará ser.
Um beijo
ainda não é o amor - já o sei.
quantos mundos cabem nos interstícios do advérbio?
abraço, caro amigo-poeta!
A caminho do amor, certo?
Beijo!
A caminho do amor, certo?
Beijo!
Postar um comentário