sexta-feira, maio 03, 2013

Metaplagio para canção da torre mais alta


De tão benfazejo o desejo
Cumpriu-se em caminho azul
De grata delicadeza o incenso
Cobriu-se no céu de imenso


(guardar retinas, pálpebras
a amurada de um sonho
que se desdobra em fímbrias
e beija as vestes da manhã)

Nos olhos nada a esquecer
Nenhuma promessa ou suspiro
Na sede que o corpo empenha
Na paz de um suntuoso retiro

6 comentários:

Chicão das Couves disse...

Os metaplágios e os metacarpos no Rei do Mate.

José Carlos Sant Anna disse...

Em cada metaplágio o súbito milagre da poesia.
Abrraçoa, poeta.

Tania regina Contreiras disse...


Olá, poesia! Você se veste de versos e fica visivelmente tão bonito: adorei.

Beijos,

Fred Caju disse...

Juro que citei Rimbaud ontem.

Unknown disse...

temos caminhos a cruzar-se em tons de azul :)

abraço, poeta!

Lídia Borges disse...


"Nos olhos nada a esquecer"

E é tanto ou tão pouco.

Um beijo