dos alísios que me inventam
desenho sonhos
desenho tramas e rimas
sou o vazio no oco do mundo
a poesia não me salva
mas é a maldita solução
para criar o necessário rito
de limar as agruras do tempo
o desconcerto do amor
a inquietude e todo rumor
o caminho da estrela
o rio que segue sem bússola
a balada inominável
de uma senhora da noite
não tem pressa o fim do mundo
quando o vasto corre na veia
e os sinais acendem a solidão
é somente a sede dos lábios
o sopro, o soluço de um abraço
das mãos em desafio, o fio
torto, íngreme, da lua em flor
de tudo a inutilidade sem fim
Quem me dera um pouso
Uma choupana de quimeras
Um poema cheio de etceteras
Um vaso perfumado de alecrim
Que tudo dói em mim
Que tudo dói em mim
Como a dor de uma saudade
Como um girassol amargo
Corroendo dentro de mim
9 comentários:
E essa dor um dia há de cessar...abraços de bom dia.
É sem salvação que o canto poético é entoado. Lindamente...:-)
Beijos, Poeta!
repleto do que se quer alcançar!!
Beijo!
um girassol que lança sementes de poesia nos olhos
beijos
"Tudo claro, mas tudo escuro
como numa prece..."
Lalo Arias
Um beijo
Doído e lindo ;)
cheiro
Tudo dói, e eu preciso de baladas assim...
Deliciosamente sentimental e bonito!
Beijo.
fiquei com a ideia da não-salvação, mas ajuda no final
beijo
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