segunda-feira, julho 09, 2012

suíte burlesca para um diálogo com a ausência


foste tu nesta distância de muitos quilômetros
a ilha, a quimera, o oásis, pasárgada dos dias
a cotovia desavisada que insinuou a primavera
foste tu que me impuseste silencio e ausência
nesta seara de corpo que se move em frêmitos
no olho arredio que já se despediu das estrelas
foste tu, este eterno assovio em minhas retinas
a mão que agitou o delicado trovão da espera

8 comentários:

Tania regina Contreiras disse...

Essa imagem é muito bela, Assis: delicado trovão da espera. Nossa, que bom que estou aqui te lendo, depois do receio de que o mil e um te levasse e te calasse...rs

Beijos,

Joelma B. disse...

a ausência rende ótima prosa!!

Beijinho, Assis!

Lídia Borges disse...

"Cotovia desavisada que insinuou a primavera"

É uma imagem que poderia ter sido "desenhada" por mim. Pena que não foi!...

Um beijo

Daniela Delias disse...

Que bonito! Tão linda a palavra "frêmito"!

Te beijo,

:)

Anônimo disse...

Não há agitação ou calmaria sem essa sensação de ausência.

Beijo.

Anônimo disse...

Tão belo!

Beijinho...

Luiza Maciel Nogueira disse...

adoro essas tuas imagens

beijo

Adrianna Coelho disse...


ainda bem que aqui
nem o silêncio
nem a ausência

poesia, poesia...