domingo, dezembro 29, 2013

Sonata breve “à l'après-midi d'un faune”

Não falará de mim o teu amor
Ainda que o delgado beije o lábio
Ainda que cintilem eflúvios de pele

Não falará de mim o teu amor
Ainda que as circunstâncias queimem
Ainda que rabisquem de cio as nuvens

Não falará de mim o teu amor
Nem mesmo quando o viço do silêncio
Fizer floração nesta estação de ternura

12 comentários:

Ingrid disse...

e sempre amar Assis...
venho te desejar muita inspiração e amor para 2014!
agradecer a companhia no ano que finda..
grande beijo Poeta..

Tania regina Contreiras disse...


Espero em 2014 mais livro de poesia teu. Isso é uma fonte incessante, um lugar sagrado o Poeta, e quero poder beber sempre dessas águas. Lindo,lindo, lindo poema!

Beijos,

dade amorim disse...

Assis, cada poema teu é mais belo que o anterior.

Beijo

José Carlos Sant Anna disse...

Uma sonata que não sonega, a palavra sossega...
Abração, poeta!

AC disse...

Assis,
A sua capacidade é tal que, aparentemente, basta dar um toque numa pedra para saírem, a borboletar, dois ou três poemas, e sempre de raiz profunda.
A minha enorme admiração!

Abraço

Lídia Borges disse...


Espero que nessa "estação de ternura" nunca o silêncio deixe de apanhar o "trem" para outro lugar.

Há sonatas que o silêncio não deve engolir.

Feliz 2014!

Lídia

Teté M. Jorge disse...

A cada dia de cada ano cada vez melhor...

Feliz 2014 com saúde e amor.
Beijos e flores.

Unknown disse...

a preterição como chave de toda a significação: dizer que se não diz é a mais subtil forma de dizer... e de amar.

abraço!

Ana Cecilia Romeu disse...

À l'après-midi, j'ai lu un beau poème qui dit sans dire...

Beijos, Assis!

Ira Buscacio disse...

breve e imenso! será o amar?

bjão, poetaço

grandes dias em 2014

na vinha do verso disse...

de cujos lábios
falam pele e suor

poemaço!

abração mestre

Cris de Souza disse...

Não falarás de mim o teu amor
Ainda que a sonata seja breve
E longo o canto em febre

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