sábado, novembro 09, 2013

sobre todas as linguagens

a pele de tereza era linda
mas a língua não
a língua era muito lida
só pronunciava sofisma

sofia tinha o corpo esguio
e os olhos me capturavam
a língua lembrava um rio
só me inflamava líquidos

maria era cheia de heresia
mas tinha a língua doce
a língua de Maria
era puro verbo da ambrosia

já joana era tão omissa
escondia o corpo e a língua
mas tinha as suas venetas
acesa sabia de cor a missa

13 comentários:

Ingrid disse...

Quanto escondido e ardido..
Bom dia Poeta!

Teté M. Jorge disse...

Que prosa em versos mais proveitosa!!!...

Beijos.

ÍndigoHorizonte disse...

Cada una tenía un no sé qué que te dejaba balbuciendo...

Lídia Borges disse...


Engenhosa, a Língua!


Um beijo

Unknown disse...

Palmas!!!!

Ira Buscacio disse...

lambida de poeta. sensacional!!!

bj, poetaço querido

dade amorim disse...

As pessoas são assim mesmo!

Beijo beijo

Cris de Souza disse...

Ora!

Beijo.

Tania regina Contreiras disse...



Assis, tu me assombras! Como pode tanto, no entanto, tudo, nunca o sempre????? Uau!!!

Beijos,

Anônimo disse...

Uma mulher sofismando... conheço tantas!
Assis, você é genial

Anônimo disse...

Uma com 3 ou mais máscaras.
De acender a imaginação.
Muito satisfeita em voltar a ler suas poesias.

Um abraço.
Lea Virgilio Caldas

Unknown disse...

ritmo encantatório deambulando sobre os nomes e todos os infinitos que só estes guardam.

abraço!

José Carlos Sant Anna disse...

Cada nome iluminando um poema.
Que maravilha!
Abraços, poeta!