Às vezes me dói um silêncio
Tão antigo e indelével
Feito aquela marca de batom
Que me deixaste na face
Rubro que não sangra
Mas que esmaga
Assis Freitas
*****************
O silêncio que devora a noite
é o mesmo que me come o coração,
sem preliminares.
Feito de estocadas,
golpes,
galopes surdos.
O silêncio
é um homem bruto
cuja fome esqueceu de gemer.
Vara pelas horas,
equídeo e solitário,
desmembrando-me.
Arranca, a pancadas,
um uivo negro, abortado
de caminhos que ele mutilou.
Roberta Tostes Daniel
Tão antigo e indelével
Feito aquela marca de batom
Que me deixaste na face
Rubro que não sangra
Mas que esmaga
Assis Freitas
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O silêncio que devora a noite
é o mesmo que me come o coração,
sem preliminares.
Feito de estocadas,
golpes,
galopes surdos.
O silêncio
é um homem bruto
cuja fome esqueceu de gemer.
Vara pelas horas,
equídeo e solitário,
desmembrando-me.
Arranca, a pancadas,
um uivo negro, abortado
de caminhos que ele mutilou.
Roberta Tostes Daniel
Um comentário:
Gostei demais, Assis.
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