terça-feira, outubro 08, 2013

Poeminha para um diálogo com Lara

Sigo cego e nu
Cismo pretéritos
Cultuo ausências
Mas não há
Nenhuma novidade
Neste silêncio

Assis Freitas

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refaço todos os passos...

refaço todos os passos
para te contar
algo novo

só invenção que for
para me tirar de dentro

o buraco é negro
porque estamos cegos

não há trilha
ou túnel
só o rumo exato
do inferno

há este campo vasto
sem sombra ou posto

a luz é de rachar
crânios ao meio-sonho

girando as rotatórias
em volta dos umbigos

do mato, um plano
sem guia
para cegos

Lara Amaral

Um comentário:

dade amorim disse...

Gosto demais da Lara,