quarta-feira, outubro 09, 2013

poeminha para um diálogo com o Domingos

A prosa espúria do homem só

De todos os poemas que escrevi
Nenhum me servirá de arremate
Ainda espero o amor que me mate

Assis Freitas

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antes dos sonhos

No tempo em que era noviço
livros e amores minhas ilusões.

Os livros as traças da estante
comeram e outras traças
apagaram da memória.

E os amores,
ainda hoje,
somem.

Não havia alternativa
à minha alma desiludida
senão mesmo escrever poemas.

Domingos Barroso

3 comentários:

Unknown disse...

na transparência da terra
quem não rememora não vive
só um novelo do poema redime...

abraços!

José Carlos Sant Anna disse...

Dois gigantes que se alargam e espalmam as palavras em poesia...

Um duplo abraço,

Cris de Souza disse...

Vocês sabem que estão entre os meus poetas prediletos...