Eu nunca soube que falavas de mim
Entre os teus silêncios de ninfa
Eu nunca soube
Nem mesmo quando escovavas
Sílabas em teus cabelos
Eu nunca soube
E nesta minha ignorância de te amar
Eu nunca soube
Que prendias o ar nas retinas
E soletravas um alfabeto de distâncias
Eu nunca soube
10 comentários:
amar é mesmo nunca saber.
belo isso: "Nem mesmo quando escovavas/ Sílabas em teus cabelos"
beijo!
Este ato de nomear é belíssimo, Assis.
Abração,
Doce, doce, doce!...
Prender o ar nas retinas: isso é fodástico! Adorei. Vou observar se o faço. Jamais pensaria em dizer. Você é uma coisa!!!! Adoro, adoro ler você.
Beijos,
Belezura de balada. Ritmada como ela só. Imagino o momento de prender/ soltar o ar das retinas... Que metáfora, poeta!!! Não quero perder esse momento. Imagino o poema que brotará.
Um abraço
Lea Virgílio Caldas
mesmo o que se sabe esconde tão mais por-saber: e como a equação se faz pedra de toque no amor.
abraço!
Sei que tu escreves paca...
Nunca se sabe...
Um lindo poema, Assis!
Beijo.
Nunca se sabe y, cuando se sabe, ya es demasiado tarde...
Abrazo.
- eu nunca soube
e ainda assim
sabia...
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