sábado, agosto 10, 2013

Uma balada gris para tantos descaminhos

Eu nunca soube que falavas de mim
Entre os teus silêncios de ninfa
Eu nunca soube
Nem mesmo quando escovavas
Sílabas em teus cabelos
Eu nunca soube
E nesta minha ignorância de te amar
Eu nunca soube
Que prendias o ar nas retinas
E soletravas um alfabeto de distâncias
Eu nunca soube

10 comentários:

Anônimo disse...

amar é mesmo nunca saber.

belo isso: "Nem mesmo quando escovavas/ Sílabas em teus cabelos"

beijo!

José Carlos Sant Anna disse...

Este ato de nomear é belíssimo, Assis.
Abração,

Lídia Borges disse...


Doce, doce, doce!...

Tania regina Contreiras disse...


Prender o ar nas retinas: isso é fodástico! Adorei. Vou observar se o faço. Jamais pensaria em dizer. Você é uma coisa!!!! Adoro, adoro ler você.

Beijos,

Anônimo disse...

Belezura de balada. Ritmada como ela só. Imagino o momento de prender/ soltar o ar das retinas... Que metáfora, poeta!!! Não quero perder esse momento. Imagino o poema que brotará.

Um abraço

Lea Virgílio Caldas

Unknown disse...

mesmo o que se sabe esconde tão mais por-saber: e como a equação se faz pedra de toque no amor.

abraço!

Cris de Souza disse...

Sei que tu escreves paca...

dade amorim disse...

Nunca se sabe...
Um lindo poema, Assis!

Beijo.

ÍndigoHorizonte disse...

Nunca se sabe y, cuando se sabe, ya es demasiado tarde...

Abrazo.

André Foltran disse...

- eu nunca soube
e ainda assim
sabia...