terça-feira, agosto 27, 2013

todos os rostos, o rosto

eu procuraria na rota do vento
a silhueta mais sutil do pássaro
entrementes devoraria a saliva
na sílaba luminosa de uns lábios

eu procuraria em todos rostos
atormentado, atônito, aturdido
com esta balbúrdia de olhares
do ser que navega para o nada

eu invocaria o silêncio mais impuro
para compor a ausência longínqua
até reverdecer todas as palavras
no cardume de nuvens desta tarde

9 comentários:

Luiza Maciel Nogueira disse...

Belíssimo Assis, um beijo!

Anônimo disse...

As imagens desse poema são tão lindas, amo as carpas: um cardume de nuvens é perfeito!!!




Beijo!

dade amorim disse...

Imagens tão bonitas!
Um poema perfeito.

Beijo.

Lídia Borges disse...


Parte-se em cada verso à descoberta de uma voz, fica-se preso à "magia" da "reverdecida" palavra.


Um beijo

na vinha do verso disse...

os rostos do silêncio
na rota do ido vento
vazio eco e sopro de palavras

tem que ser mestre

Tania regina Contreiras disse...


Nossa, imagens belas, belas, belas... Mas, menino, cadê vc? Saiu do face? Faz isso não, que ficamos nos sentindo abandonadas. Lary está lá procurando o Assistente dela...

Beijos,

José Carlos Sant Anna disse...

Poderia ajudá-lo a procurar, mas me perdi nas imagens belíssimas do poema, Assis.
Abraços,

Joelma B. disse...

versos fulgurantes! tudo lindo de ver!

beijo!

Cecília Romeu disse...

E esses peixes voam, Assis.
E os pássaros nadam,
em nada, de tudo.

Beijos!