terça-feira, agosto 13, 2013

Poema para janela que se tingiu de violeta

Não fosse de ti este áspero rio
Que deságua em minhas veias
A sombra da terra que emoldura
De emblemas os meus passos

Não fosse de ti o rubro da mão
Este acolhimento de vento e brisa
O incêndio transparente da face
Este augúrio que trazes no lábio

Não fosse de ti o singelo do mar
O desavisado cursar das velas
Esta geografia de circunstâncias
A cartografia íntima de um corpo



11 comentários:

Jota Effe Esse disse...

Não fosse de te a inspiração
esse poema não nasceria. Meu abraço.

Lavínia Andrill disse...

Amigo Assis, como é bom ler as tuas poesias. São sempre tão lindas! Bj.

José Carlos Sant Anna disse...

E haja confissão para presença tão acentuada do Outro.
Abração, poeta,

Adriana Riess Karnal disse...

ai, que lindo , guri.

Lídia Borges disse...


"Não fosse de ti este áspero rio
Que desagua em minhas veias"

Versos que se distendem como dedos, acolhendo o poema.


Um beijo

Cris de Souza disse...

Violetras*

Beijo.

dade amorim disse...

Augúrios que nos inspiram sempre!

Beijo

Anônimo disse...

Uma janela tão bem descrita e bela...

Beijo!

ÍndigoHorizonte disse...

La más bella geografía sin duda la que describes en tus versos.

Abrazo.

André Foltran disse...

Lindo!

Unknown disse...

os incêndios que desenham, a traço fino, cada pedaço topográfico do amor e de cada uma das suas vertigens.

abraço!