sexta-feira, maio 17, 2013

Canção para véspera do branco e das mãos


No dia que cheguei de tantos caminhos
Teu corpo era um porto de alvíssaras
Nós que muito já nos havíamos
Tu me trazias o espelho de várias sílabas
Eu me tinha em avessos de estrelas
Nos nossos passos pousaram pássaros
E nos despimos na interrogação dos dias
Feito sonho cravado na pupila do outono

11 comentários:

Tania regina Contreiras disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Tania regina Contreiras disse...


Dilata-se, poeta, a pupila do outono ao amanhecer. Bela imagem.

Beijos,

Vais disse...

canção mais bonita, sô

beijo, querido Assis

José Carlos Sant Anna disse...

Diz o que quiser, poeta, pois com a pupila dilatada o outono é só audição.
Abração

Luiza Maciel Nogueira disse...

belíssimo Assis, ocê se supera a cada poema

beijos

Anônimo disse...

Sigo...
Lendo-te e me encantando...
Lindo teus textos.
Um mar de emoções...
Um mar de divagações...
Um mar de criação...
Parabéns pela inspiração.
Valdenir Cunha

Lídia Borges disse...


Por vezes fica a sensação que qualquer comentário pode quebrar a maravilha das sílabas.

Sophia dizia que, quando criança, pensava que os poemas apareciam feitos.
Como este, que não parece tocado por mão humana.

Anônimo disse...

Seguindo com você e só sentindo...
Sensata, sua leitora acima.
Há comentários que enfeiam uma obra. Embora a sua seja infinitamente superior a qualquer tentativa que se faça de...
Lea Caldas Virgílio.

Fred Caju disse...

É pra se alumbrar!

Daniela Delias disse...

Outono cravado no peito.

Beijo, poeta

Unknown disse...

Cada verso um poema!

Bjs,poeta