sexta-feira, abril 05, 2013

depois do tempo que houve nos ouve a memória


I (o que ouve)

oráculo em silêncio
no branco da página
o poema é só miragem

II (o que houve)

no rasgo da pele
no faro da sede
eu uivo teu nome
com visgo de língua

5 comentários:

José Carlos Sant Anna disse...

O que parece inapreensível ganha sentido no enunciado de cada poema.
Abração,

Unknown disse...

Palmas!!

dade amorim disse...

Sempre um poema cheio de sentido e beleza, Assis.

Beijo.

Unknown disse...

porque ouve e houve, o tempo se faz voz de um tom só.

abraço!

Fred Caju disse...

Vi o segundo no espaço da Ira; bom os dois.