domingo, novembro 18, 2012

A lenda do reino do nada e a princesa do porém


p/ Léo e Beta que me sopraram a história

Soube-se que havia um reino
Esculpido no etéreo
Na terra que adejava o nada
Ali se pastava em nuvem
Na sobrancelha do pássaro

Neste reino sem pertences
De tudo se avistava
Quando a vista se abismava
O mais fino arrebol
De tanto rubro rebentava

Conta-se que uma vez
Neste reino sem princípio
Buscou-se atônito um rei
Para cumprir o desígnio
De uma terra para habitar

Mas de eflúvios caminhos
Nem sombra, nem vento
Nenhuma luz, nem intento
Fez surgir o corcel alado
Do rei em lume iluminado

Assim por este reino do sem
Mas de quimera transformado
Florava uma seara de sonhos
De corte, castelos e torres
Para a senhora que o sonhara

4 comentários:

Tania regina Contreiras disse...

Este bem cabia no mil e um... :-) Belo, belo.
Beijos,

Ira Buscacio disse...

Na mosca, Tânia!
bj, poetaço

dade amorim disse...

Bem legal, esse menino! E Tania tem razão.
Abraço.

Lídia Borges disse...


Um modo "antigo" de contar histórias lindas de pasmar!

Um beijo