domingo, setembro 09, 2012

Poema para a memória oculta de um aroma


Se acende a chama do corpo
Ascende em fúria o que leio
O soluço manso da palavra

Vem o vento de um lume
Escreve à mão o que respiro
O leve suspiro da estrela

Sonho a seiva de um nome
Apetece o sabor da urgência
A imperfeição que se realiza

Há o vasto que corre na veia
Infindável lava que consome
Este sereno rosto de ausência

8 comentários:

Lídia Borges disse...


Há um "mundo" de oposições, um "quê" entre a serenidade e a fúria, entre o estar e a ausência. Inquietação oculta...

Lídia

Tania regina Contreiras disse...

Manso soluço da palavra...Hummmmmm!!!
Beijos, Assis

Everson Russo disse...

A esperança nessa ausencia mantem a chama do corpo acesa...abraços de boa semana.

Bípede Falante disse...

Belíssimo poema sobre o infindável.
Eu não sei se ainda aprecio o que não termina.
Mortalidade é um presente, seja do que for, se a gente pensar bem ou mal.
Nem sei rsrs
Beijoss

Joelma B. disse...

vez em quando a memória de um aroma recende...

beijo, Assis!

Ingrid disse...

lendo ..relendo..
amei!
beijo.

Anônimo disse...

Uau, Assis!

A chama aqui, quando leio coisas assim, acende-se rapidamente. Poesia, nosso ofício diário de ascensão.

Louraini Christmann - Lola disse...

Ausências...
Como é bom saber vivê-las assim
à base de poesia...