Ária
de providência para sopro de comunhão
Eu
não sei como nascem os anjos
Mas
acredito em epifanias
Na
raiz de quimeras, alvoradas
Na
saliência do silêncio
No
movediço das palavras
Eu
não sei como nascem os anjos
Nem
mesmo sei destes espinhos
Das
laminas afiadas em um corpo
Só
sei do rasgo, do soluço, do grito
Do
verbo que não nomeia, mas urge
inspirada neste poema
de Leonardo B. Leonardo
Um Anjo Nasce
Em certas manhãs que na medula
dum espinho
na água e no sal,
no linho
remendado no sopro das cinzas
revolvo do chão
como se fosse corpo,
o canto da terra
e então um anjo nasce.
Em certas manhãs
e apesar das águas abruptas, tão calmas
e apesar das águas abruptas, tão calmas
como palavras
da palavra, da raiz o saliente silêncio
primeira comunhão
antes que se faça azul
o dia coração
branco ou negro, cinza rosa velho baço,
devolvo insignificante, o corpo
ao nome que me já não sei
e ao mundo, e no mundo
quer eu queira, quer não
um anjo nasce.
8 comentários:
Belíssimo, belíssimos!
Abç fraterno.
Doi poemas deliciosos e belos, Assis.
Beijos aos dois.
Belíssimos, poeta Assis. Belo também seu gesto em divulgar os blogs de seus amigos.Excelentes, por sinal.
Há algum tempo fiz isso no meu blog e dei o título de "Assalto a blogs". Aliás, um dia desses, roubaram/plagiaram esse meu título. Coisas de pequenos do mundo digital.
Um beijo, poeta Assis,e parabéns!!!
E.T. ainda hei de levar um poema seu pro meu blog...:)
E como nascem os poetas? De onde vieste, ò poeta de palavras pulsantes? Te ler é sempre um instante de renovação.
Beijos,
comungar de encantamento é tão bom!!
beijo, Assis!
Maravilha, Assis!
Ah, e ao lado do querido Leo, doce poeta!
Beijos.
Como nascem nem importa,,,que eles tragam paz e amor...abraços...
Gostei do poema, sim senhor!
Saudações minhas!
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