Outra
ária para substantivos gozosos
as
cigarras arrebentam
de
tonto cantar,
como
um blues,
uma
lareira, um luar
quem
viu os azulejos
quem
plantou orquídeas
“que
me pagará o enterro
e
as flores”, poeta
“se
eu me morrer de amores”
inspirada neste poema
de Daniela Delias
Azulejos
não dançamos aquele blues. nem daquele amor,
de morrer tambores arrebentando o peito,
morremos.
ontem reparei nos azulejos.
nos respingos de tinta verde
sobre a pedra do alpendre.
pensei correio, comida, tinta de cabelo.
tão clichê morrer de amor,
e nem dançamos aquele blues.
em outubro terei orquídeas.
você viu o preço das flores?
****
Vejam o presentaço que ganhei da querida Vais.
A memória das marcas
para Assis
A identidade impregnada nas palavras:
imagens, sons, odores
É só tocá-las
Vibram na frequência das ondas
Na aura do orbe
A cismar em mais de mil e uma alucinações
Um fio de cabelo caído na pedra
É só tocá-la
E todo código depositado:
fragrâncias, ruídos, melodias
Fatos impressos
Espaço magnetizado em captação profana
Eflúvios
Os giros dos vórtices velozmente
gerando campos carregados eletrificados
Luminosos
Invisíveis
Sentidos nos pelos
nas profundezas
Superfícies alisadas
tocadas pelas pontas
na espuma
nos grãos
na mineralidade
nas condensações
na materialidade delirante
da existência
http://aosabordotoque.blogspot.com.br/2012/09/a-memoria-das-marcas.html
6 comentários:
possível lápide para poeta, em silêncio
beijo
Que lindo!...
Diálogo de poetas vivos ou diálogos vivos de poetas [apaixonados pela vida].
Lídia
Tri!
Três talentos um atrás do outro.
Que sorte a minha!
Beijoss
Que lindas essas cigarras de tonto cantar!!!
Amei esse papo regado à poesia.
E que coisa mais querida a Vais, que linda ela é.
Bjo, poetinha :)
lindos demais todos os poemas deste espaço Assis, me deleito
beijos
Ei, Assis
uma maravilha todos esses diálogos poéticos, dão mesmo gosto
fico agradecida por me colocar numa postagem, inda mais junto da Dani, um prazer
beijos e beijos a tod@s
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