assisto ao trânsito tardio dos
girassóis
agora eles se curvam ao ocaso
num rito de alvíssaras sem
mesura
breve será hora de recolher os
olhos
e entregar-me sem destino à tua
noite
nesta estranha prece que teces
com a
infinitude de sílabas que desce
do orbe
9 comentários:
E nessa noite,,,e sem destino,,,tudo pode acontecer...abraços de bom dia...
Quem dera ser um girassol e entregar-me sem destino ao próprio rito...
Encantador, Assis!
Beijo.
que as sílabas se curvem ao silêncio...
beijinho, Assis!
O momento de entrega à noite é tão belo e íntimo!
Beijos, poeta
De quando o silêncio de uma estrela "apaga" todo o universo.
Um beijo
é tudo entregar-se sem destino
beijinho, Assis
Entregar-se é sempre noite!
Bj, poetaço
O título me fez lembrar de Olavo Bilac!
Direis agora: "Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?"
E eu vos direi: "Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas".
Bjo, poetinha :)
perder-me no trânsito de sílabas dos girassóis enquanto a noite cumpre o seu destino. e tudo se faz tardio como as coisas primeiras.
abraço!
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