sábado, junho 30, 2012

ária para quando o horizonte engole o sol


trago esse árido choro
que não corre
e nega a seca face
que foge e não é chão
e os pés adejam nuvem

trago esse árido choro
que naufraga
na areia das retinas
que é barco e leva
a sina que se desvela

trago esse árido choro
como ácido para a vida

3 comentários:

Cris de Souza disse...

Eta, eta, eta!!!

Anônimo disse...

O que escorre pela face não leva tudo, não lava tudo, há uma parte árdua para se car.regar para sempre.

Gostei muito, muito.

Beijo.

Luiza Maciel Nogueira disse...

esses seus títulos são fantásticos!

beijos