sexta-feira, fevereiro 20, 2015

pérola aos porcos

um galo sozinho não tece uma manhã
assim como
uma andorinha só não faz verão
assim como
provisoriamente não cantaremos o amor
assim como
a casa é acolhedora, os livros poucos
assim como
eu encontro em mim mesmo uma espécie de abril
assim como
eu canto porque o instante existe
assim eu quereria meu último poema

2 comentários:

AC disse...

Os porcos, imunes ao brilho, limitam-se a comer o que se lhes dá.

Daniele Negreiros disse...

o importante é pairar sobre a fuligem e reencontrar a beleza.