sexta-feira, março 14, 2014

Um canto de oferenda ao meu chão

Bahia é mar, é sertão.
Raso, profundo, largo.
Prato que se respira.
Bahia é a entidade,
que paira sobre as águas, inunda.
Bahia é Lucas da Feira, escravo fugitivo,
mestre das emboscadas.
Bahia é canto de sereia em dia de mar.
Trovão que rebrilha na Serra de São de José,
no bode de Uauá.
Bahia é vaqueiro encourado, caatinga
do coração, chão e desterro.
Bahia é a ponte que cruza destinos,
entroncamento de todas emoções.
Bahia é festa e pranto,
Bahia é o manto tricolor, é o Flu de Feira,
o Touro do Sertão.
Bahia é o engasgo da língua, o encosta, o encosto.
O ralar das coxas quentes, a praça Castro Alves
que é o do povo, como o céu é a amplidão.
Bahia é axé, oxente, gente.
Bahia é o arco-íris de uma multidão.

9 comentários:

ÍndigoHorizonte disse...

Arcoíris, multitud, puente... bahía, tantas cosas que me llaman y me azoran. Abrazo, bien grande, Assis. Cuídate mucho. Y disfruta.

Unknown disse...

e as minhas mãos a escorrerem pétalas de uma flor que nunca vi mas cujo cheiro adivinho...

abraço, assis!

José Carlos Sant Anna disse...

A Bahia é mesmo essa diversidade. Essa pluralidade de céus.
Abraços, poeta!

Teté M. Jorge disse...

Preciosa homenagem! Salve, salve!

Beijo.

Cris de Souza disse...

Porreta!

Beijo.

Lídia Borges disse...


Embora seja chão que nunca pisei, é chão que me não é completamente estranho.

Belíssimo!

dade amorim disse...

Muito lindo, esse poema sobre a Bahia!

Beijo

Tania regina Contreiras disse...


Ah!!!!!!!!!!!!

Anônimo disse...

Ahhhh, coitado do poeta, joga sal grosso e crucifixo nesse(s) encosto (s).
Anônimo até qdo ninguém sabe.