fragmento para gênese
tenho esperança
de um dia
ser peixe,
pássaro ou árvore
e me desvencilhar
de vez
de todas as palavras
Porque a pele não se turva se tu me gostas
O verso é osso
Palavra posta
Qualquer vacilo
Fratura exposta
12 comentários:
[alma, corpo,
o que nos for cinza
a matéria de que se faz a palavra]
um imenso abraço, Assis
Lb
É desse anseio de mudez que os versos brotam vicejantes? Um assombro, sempre, poeta imenso!
Beijos,
Redondinho ao quadrado!
Beijo, meu mestre estimado*
Eu carpa, né poetaço?
Beijo :)
Se as palavras soubessem não perdoariam tal ofensa!... :)
Nem a pele nem a alma!
Lídia
vc brinca de um jeito muito bonito com as palavras...
Silencio y la redondez de la curva. Alas de curva. Alas de piel. Alas de silencio redondo. La música callada de la curva.
Muito bom, Assis! Que visão....além da forma com que lidou com as palavras!
[]s
As palavras são notáveis em teu texto, Assis!
O segundo poema é um achado.
Beijo
A tessitura poética aqui se faz de fragmentos, mas cada um deles é um canto completo. E sempre excede.
Abraços,
peixe-avião, lago fundo e fulguração livre de anzol que a boca deslaçada é a chave de todas as perícias e voos... mesmo que à revelia das palavras.
abraço!
Anseio de poeta, apenas SER. LIBERDADE SEM PALAVRAS da qual nós humanos não gozamos plenamente!
Abs, poeta
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