domingo, novembro 03, 2013

fragmentos

fragmento para gênese

tenho esperança
de um dia
ser peixe,
pássaro ou árvore
e me desvencilhar
de vez
de todas as palavras


Porque a pele não se turva se tu me gostas

O verso é osso
Palavra posta
Qualquer vacilo
Fratura exposta

12 comentários:

João A. Quadrado disse...


[alma, corpo,
o que nos for cinza

a matéria de que se faz a palavra]

um imenso abraço, Assis

Lb

Tania regina Contreiras disse...


É desse anseio de mudez que os versos brotam vicejantes? Um assombro, sempre, poeta imenso!

Beijos,

Cris de Souza disse...

Redondinho ao quadrado!

Beijo, meu mestre estimado*

Anônimo disse...

Eu carpa, né poetaço?

Beijo :)

Lídia Borges disse...


Se as palavras soubessem não perdoariam tal ofensa!... :)

Nem a pele nem a alma!


Lídia

Adriana Riess Karnal disse...

vc brinca de um jeito muito bonito com as palavras...

ÍndigoHorizonte disse...

Silencio y la redondez de la curva. Alas de curva. Alas de piel. Alas de silencio redondo. La música callada de la curva.

Rafael Castellar das Neves disse...

Muito bom, Assis! Que visão....além da forma com que lidou com as palavras!

[]s

dade amorim disse...

As palavras são notáveis em teu texto, Assis!
O segundo poema é um achado.

Beijo

José Carlos Sant Anna disse...

A tessitura poética aqui se faz de fragmentos, mas cada um deles é um canto completo. E sempre excede.
Abraços,

Unknown disse...

peixe-avião, lago fundo e fulguração livre de anzol que a boca deslaçada é a chave de todas as perícias e voos... mesmo que à revelia das palavras.

abraço!

Unknown disse...

Anseio de poeta, apenas SER. LIBERDADE SEM PALAVRAS da qual nós humanos não gozamos plenamente!

Abs, poeta