domingo, outubro 27, 2013

ária para brasas e berlotas

eu cismava sozinho
quando ela passou
viciante como crack
feito incêndio de napalm
trajava sorriso sorrateiro
saia de musa gitana
piercing no lábio inferior
sandálias de couro
numa alquimia de woodstock
pensei em gritar um poema
um troço qualquer
mas ela esvoaçou
intransponível
e me deixou com
essa ventania nos olhos
que não cansa de cegar

6 comentários:

Anônimo disse...

Um vício tão bom!!!
Beijoooo :)

Lídia Borges disse...


Uma imagem plena de movimento. Vê-se.


Um beijo

Ingrid disse...

Foi como se estivesse ali junto contigo..
Perfeição..
Beijo e boa semana.

dade amorim disse...

Cuidado com ela!

Beijo

Wilson Torres Nanini disse...

isso cega mas alumbra. é o que importa, não?

Abraço!

José Carlos Sant Anna disse...

Quero mais essa ventania derrubando as minhas palavras...
Abraços,