sexta-feira, agosto 16, 2013

Canção líquida para afago de ninfa

Eu sempre pensei em fazer um poema
Onde coubessem ciprestes
Ou algumas plantas pteridófitas
Um poema com raiz, caule e folhas
Poema que ficasse ornado no corpo
Na marca úmida de um lábio
Como o protalo gerando gametas

13 comentários:

José Carlos Sant Anna disse...

Acho que a ninfa está devidamente afagada e, quem sabe, afogada...
Abração,

Lídia Borges disse...


Difícil, sim! Todos os poemas despontam de uma semente e perecem semeando.

Um beijo

Luís Fellipe Alves disse...

Diria que vi no poema uma angiosperma. Olha quantos frutos. Excelente escrita.

Um abraço.

Teté M. Jorge disse...

Caramba! Gamei!!!!
Poeticamente ecológico!

Beijos.

Luis Gustavo Brito Dias disse...

- não sobrou muito para ser dito, Assis. realmente, muito bom.

parabéns.

Fred Caju disse...

Espero que você nunca consiga fazer esse poema desejado. Prefiro você com asas ao invés de raízes.

Tania regina Contreiras disse...


Adorei o comentário do Fred, assino embaixo. Embora acredite que sua raízes têm asas. E ciprestes num poema é algo íntimo. Gosto.

Beijos, querido!

na vinha do verso disse...

Afaho de deusa
Beijo de fluido mortal

Abs mestre

Ira Buscacio disse...

o poema brota da raíz, mas é no vento que ele vive sua eternidade.

bj, meu queridaço poeta imenso

dade amorim disse...

Essa ninfa - que deve ter nascido de uma raiz - ficará orgulhosa com os ciprestes, caules e folhas.

Beijo, Assis.

Ingrid disse...

todos levam sementes de raízes profundas..
beijo Assis e boa semana..

Unknown disse...

e o corpo a erguer-se acima da copas, sem consoantes ou vogais, versos ou estrofes, apenas respiração em orvalho a fecundar silêncios.

abraço!

Cecília Romeu disse...

E o pólen viajando aqui e ali, fazendo letras entre as folhas e silêncio pela raiz.

Beijos!