quinta-feira, outubro 11, 2012

quase tudo, quase fim


nem bem me chega e eu findo
tão fundo eu fito o meu bem
e esse querer tão aflito

há dias que o sol não medra
não vicejam os arrebóis
nada atua em favor do amor

nenhuma palavra crisálida
nenhuma asa em alvoroço
nenhuma casa é repouso

nem bem me chega eu findo
ao verso me dou em olvido
lágrima de eterna remissão

há dias que não me corre rio
nada me cede a margem
não há correnteza ou arrepio

nenhuma imagem em catarse
nenhuma plenitude escrita
nenhuma alvíssara me arde

10 comentários:

LauraAlberto disse...

há dias que nunca mais acabam
venha a noite...

beijo

Tania regina Contreiras disse...


Tecer de fios de ausências é trabalhoso. Em teu caso, um assombro, que do nada cra chamas.
Belo e belo.
Beijos, poeta que amo.

Lídia Borges disse...


Há dias em que nada brilha.
Não fosse a poesia, dádiva sempre acesa e diria - dias tristes!


Beijo

Ingrid disse...

dias em dias poeta..
e sempre perfeitos nos teus versos..
beijo.

Everson Russo disse...

E que se faça toda a história antes de chegar o fim..abraços e bom feriadão...

Everson Russo disse...

Um belo feriado pra ti meu amigo poeta...abraços...

Anônimo disse...

Dias de se ser branco, não importando as cores do dia.

Beijo.

Eleonora Marino Duarte disse...

um fio longo de poesia em no lugar do lugar nenhum!


tão bonito Assim,
tão bonito!

dade amorim disse...

Se o rio não corre, melhor ficar bem quieto, e ele logo volta a correr.

Bjbj

Daniela Delias disse...

Ah, esses dias!

Bjo, poetinha :)