(versão em sertania)
meu olho gorjeia na manhã
caminho raso sobre estrado
nem o sol incendeia acauã
corre arruinada em vitupério
a nuvem paira sobrancelha
na retina insolente não há rio
os pés se destinam a espinho
na margem silente da pétala
como teu lábio que exala fala
p.s. “fui, como ervas, e não me
arrancaram”
2 comentários:
a aridez arranha...
:*
Puxa, não há nada de raso por aqui. É sim bem profundo, como o rio que não há na retina insolente.
Muito lindo. Parabéns pelos belos textos.
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