sexta-feira, agosto 31, 2012

sobre a explanação do raso e seus limos


(versão em sertania)

meu olho gorjeia na manhã
caminho raso sobre estrado
nem o sol incendeia acauã

corre arruinada em vitupério
a nuvem paira sobrancelha
na retina insolente não há rio

os pés se destinam a espinho
na margem silente da pétala
como teu lábio que exala fala

p.s. “fui, como ervas, e não me arrancaram”

2 comentários:

Joelma B. disse...

a aridez arranha...

:*

Tatiana disse...

Puxa, não há nada de raso por aqui. É sim bem profundo, como o rio que não há na retina insolente.
Muito lindo. Parabéns pelos belos textos.