quinta-feira, agosto 30, 2012

sobre a explanação do raso e seus limos


pois me habitam os silêncios
peixes, náufragos, delgados
não me conheci no ontem
na palavra imersa em vazios
pois me carrego alheio e trôpego
no desenlace de pedra e agulhas
de lábios em artifício de esperas
e um sol a ferver nas têmporas

9 comentários:

Everson Russo disse...

Silencio que muitas vezes rasga o peito e nos impede de seguir com essa dor...abraços de bom dia.

Tania regina Contreiras disse...

Tuas palavras, individualmente, são poemas, Assis. Poemas dentro de um poema. Palavras sonoras, já tão tuas e já minhas, porque saboreio como se experimentasse pela primeira vez o mundo.

Beijos, querido

Anônimo disse...

Belíssimo! O quarteto final é demais!

Beijo.

Lídia Borges disse...


Rente ao solo sem perder de vista o Sol.

Belo!

Bípede Falante disse...

Que o sol ferva até sofrer do próprio calor!!

beijoss

Luiza Maciel Nogueira disse...

e que sol o poeta é capaz de inventar num dia de chuva :)

beijo

Daniela Delias disse...

Linda imagem a do sol a ferver nas têmporas...

bjão :)

Joelma B. disse...

sim, este sol nas têmporas é uma bela imagem!

:*

Cris de Souza disse...

Arrasou, mestre! Em certos limos, se deita e rola.