sexta-feira, julho 20, 2012

sob a fina caligrafia de um blues


quem não se sabe dor
é matéria rara
se achegam os espinhos
das rosas do caminho
acodem os açoites
do limo de tanta noite

quem não se sabe dor
é matéria rara
assim se percebem olhos
no avesso das lâminas
como mancha, nódoa
quem vive cego em anelos

8 comentários:

Jorge Pimenta disse...

se até os olhos sangram...
não anuncias mil e um mas esta árvore terá, por certo, tantos e tão bons frutos como a anterior. a cepa é das boas!

congratulo-me por continuares a encantar-nos com a tua poesia.

abraço!

Everson Russo disse...

Espinhos e dores fazem parte do caminho,,,do amortecer pra poder continuar a sonhar...abraços de bom final de semana.

Anônimo disse...

...quem não sabe dor
vive cego em anelos

Belo, poeta mestre!

Beijo e carinho!

Daniela Delias disse...

Li o título mil vezes, mil e uma.
Como pode ser tão bonito?

Bjo, poetinha

;)

Luiza Maciel Nogueira disse...

sempre bom vir aqui, te ler, encontrar versos mais que perfeitos

beijos

Anônimo disse...

Sem dúvida um poema blues.

E ele vem manso, e toma-nos por completo, como essa dor cantada, e às vezes inaudível.

Que coisa bonita, Assis! =)

Ira Buscacio disse...

Belo, como a dor de um blues
bj

Cris de Souza disse...

canta alta o quê ouço baixinho...