Desses sonhos mais felizes
Que não tivemos
Quero uma metáfora indócil
Quem sabe o musgo da janela
O convencimento da solidão
A tentativa inútil do
silêncio
Este mar sem profundidade
O esplendor que nada reflete
O veludo de uma carne
A fugitiva lâmina do vento
O efêmero do acontecido
E o cansaço do que nunca virá
7 comentários:
Se achares metáforas indóceis, manda cá! rs Muito máximo o poema.
Un título bellísimo para un poema de una belleza in crescendo. Me ha gustado mucho.
A tentativa do silêncio é uma inútil metáfora indócil.
Porque ao Poeta não é permitido um certo silêncio. Ele seria a completa morte da metáfora.
Há que manter a ciranda a cirandar.
Um beijo
O veludo de uma carne se sente na pele...
Beijo, mestre!
Beleza pura, Assis.
Beijo.
E poder admirar o arco tenso deste poema... Como diz Dade, "beleza pura"!
Abraços, poeta!
p.s: achou o livro da Lídia Lopes?
os sonhos felizes que se não tem: todo o corpo celeste tem o seu próprio vazio.
abraço, assis!
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