eu bem te disse que havia desvios
e nem todo caminho leva ou conduz
que as flores na ribanceira pendem
se ruflam e se riem daquele abismo
eu bem te disse pequenas verdades
tolas todas em formato de petiscos
embrulhadas em papel fino e barato
feito sortilégios de alguma cigana
eu bem te disse e fiz disso oferenda
como esse corpo vazio que se esquece
esse destino sem rotas, sem bússola
o tropego desafio de querer resistir
eu te disse quase tudo que já sabias
e lancei ancora neste terno desterro
valseando em velas e quilhas e portos
sendo relâmpago inútil do que é pouco
* retirado de mileumpoemas.blogspot.com
Um comentário:
Um bom poema, cara. Vou espiar o outro blogue. A árvore da poesia, no seu caso, é bastante frondosa.
Um abraço.
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