dá-me (pai)
a tua graça nessa hora
em que a infinda aurora
ameaça desabar
dá-me (pai)
a palavra certa
e a benção desse
silêncio inquieto
dá-me (pai)
a mão e ousadia de
pregar o haver entre nós
e a chama no desvario
dá-me (pai)
a paz sobretudo
como provisório símbolo,
afinal
4 comentários:
Pois é, poeta:
Dá-me, amiúde, uma oração em possa me apoiar o espírito intranquilo dos dias de chuva.
Abraço.
achama do desvario talvez seja o meu pedido. pra não dizer que só quero poesia assim, como tu e como a tua!
Beijo
É verdade, em caro, em 1990 ou 1991 estive em Feira (que já teve um nome bastante poético em suas origens, como era mesmo?) para dar um curso sobre quadrinhos. Quanto tempo, né? O seu blogue surpreendeu-me positivamente; você tem inegável dicção de poeta. Mais cedo ou mais tarde, com os devidos créditos, algum poema seu vai pro Balaio, tá? Um grande abraço.
Lindíssimo! Aplausos.
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